domingo, agosto 12, 2007

Dia dois no “caso Maddie”

Segundo dia na praia da Luz com a equipa de reportagem da TF1.

As movimentações em todo este processo começam a intensificar-se.

O inspector da PJ Olegário de Sousa, porta-voz do deste dossier, está em Lisboa desde sexta-feira. O que é que se passa? Ele deveria estar em Faro. Sendo porta-voz, é aqui que a imprensa precisa dele.

A 01 ou 02 de Agosto as diligências no quarto do Ocean Club, e em dois carros, levadas a cabo pela acção conjunta da PJ e da polícia inglesa introduziram novas peças neste puzzle. Alegadamente foram encontrados vestígios de sangue. De quem será? Ainda não se sabe. Segundo informações que recolhi junto da PJ são necessários 10 dias para obter os resultados. Ou seja amanhã, domingo dia 12 de Agosto, já haverá de certeza novidades. E isso responde à ausência de Olegário de Sousa da região algarvia.

Hoje, pela primeira vez, a PJ, de forma oficial, admitiu a possibilidade de Maddie estar morta. Isto é como a história do copo meio cheio e meio vazio. Ela tanto pode estar morta, como pode estar viva. Mas porque é que eles disseram que “talvez esteja morta”? Há fortes sinais que mostram que o caso está à beira do fim. Talvez mesmo o pior fim possível.

Se assim for, quem é o culpado? Quem são os culpados?

São duas perguntas que ficam no ar e que, por um lado, eu gostaria de poder responder nas próximas 24 horas, mas por outro gostaria muito mais de noticiar: ELA ESTÁ VIVA!!!

sábado, agosto 11, 2007

"Caso Maddie", um embróglio que demorará algum tempo a resolver

Pela primeira vez em ano e meio estou a fazer uma reportagem e um trabalho que realmente gosto. Dá uma grande motivação e muita adrenalina, algo que não sentia há muito tempo. Desde já agradeço a Elvira a oportunidade de poder trabalhar com a TF1 no “caso Maddie” e à Lusa por me "libertar" para trabalhar neste assunto para outro órgão de comunicação social.

Como é normal nestes casos, os telefonemas, uns atrás dos outros, vão-nos municiando de alguma informação (muita dela irrisória). Só num dia rebentei com mais de 30 euros em telefone. Felizmente conseguimos os objectivos pretendidos: entrevistar em exclusivo os McCann para a França e ter noção das correntes marítimas na costa algarvia.

As felicitações da TF1 a toda a equipa que está em Portugal foram dadas pouco depois das 20:30, hora portuguesa. Valeu a pena correr feito barata tonta. A reportagem está aqui.

O próximo passo está quase dado. A PJ vai ceder-nos também uma entrevista. Espero que dê certo e que consigamos “sacar” alguma informação adicional, isto tendo em conta que enquanto canal francês de TV somos mais neutrais em toda esta história e não estamos “viciados” no habitual processo emocional que envolve um caso como este.

Neste momento não há grandes novidades no processo. Nenhuma pista foi posta de parte. Rapto ou “crime grave” continuam a ser hipóteses, apesar das movimentações da polícia indicarem que, provavelmente, a menina poderá já estar morta.

A crítica da imprensa inglesa aos métodos da PJ portuguesa está cada vez mais forte, contudo tem uma explicação muito lógica: o ex-assessor dos McCann é agora assessor do primeiro-ministro britânico.

Apesar de toda a envolvência em todo este processo não acredito que este veja a sua resolução a curto prazo. Infelizmente.

Para já é tudo o que posso adiantar.