sábado, março 31, 2007

Discriminação não, por favor!

As campanhas eleitorais têm destas coisas. Os candidatos pressionam para que não sejam discriminados pela comunicação social.

Esta semana ouvi este pedido por duas vezes, curiosamente por um dos candidatos à direcção de um clube de futebol. Curiosamente este mesmo candidato, na quinta-feira, não quis prestar declarações à imprensa, depois de entregar formalmente a sua lista na secretaria do clube, porque seria “injusto uma vez que não havia estações de televisão presente”.

Será que esta frase não está a discriminar os jornalistas? Obviamente que está. Mas estas coisas não se sabem junto do “cidadão comum”. Sou contra toda e qualquer discriminação… para ambos os lados.

Quando se precisa dos jornalistas são todos muito amiguinhos, até pagam umas almoçaradas. Mas depois de atingido os objectivos: “bora manda-los bugiar”.

Por isso sou contra esses almoços. Ás vezes apetece-me manda-los bugiar a todos!

quinta-feira, março 22, 2007

Belgas civilizados? Não me cheira…

Muitas vezes os portugueses são acusados de ser um povo de 2ª classe. No futebol então nem se fala… somos para aí da IV divisão, na opinião de quem se julga civilizado. No mundial de 2006 a Holanda e a Inglaterra, os “supra-sumo” da batata, com Van Basten, Rooney e a imprensa estrangeira crucificaram Portugal e os portugueses. Esta semana foi o guarda-redes da Bélgica, de seu belo nome Stijn Stijnen, afirmou que Cristiano Ronaldo devia ser parado a qualquer custo, nem que para isso a sua equipa tivesse que recorrer a faltas duras. "Depois de dois minutos, normalmente já o teremos massacrado tanto, que ele já terá sido retirado do relvado", terá alegadamente afirmado.

Verdade ou não, o que é certo é que quando chegaram hoje ao aeroporto da portela estes civilizados belga “entraram a pés juntos” agrediram membros de imprensa portuguesa, nomeadamente o repórter fotográfico do Record, Pedro Simões Ferreira.

A polícia nada fez para serenar o ambiente, foi conivente com toda situação e nem se deu ao trabalho de identificar no acto o agressor. Nisto sim, somos pequeninos. Temos medo de colocar as pessoas no seu lugar. Quem é este belga para se julgar superior aos outros, chegar a Portugal e agredir as pessoas?!

Com que autoridade a polícia fica impávida e serena perante isto? É que com as imagens que vi, a própria PSP acaba de abrir um precedente. Quando me apetecer partir os dentes a um belga, faço-o e se for a tribunal mostro as imagens do que se passou no aeroporto da Portela. Enquanto português acho-me no direito, e passo a redundância, de ter direito de resposta!

[adenda: segundo o site "mais futebol" «os dois jornalistas apresentaram queixa e os agentes informaram os profissionais presentes de que os agressores foram identificados»] Do mal ao menos.

segunda-feira, março 19, 2007

Adivinhem quem voltou?

Depois de mais de três anos perdida no limbo televisivo, periodo em que aproveitou para se reestruturar, a 2: voltou a usar o nome da mãe "RTP". Parece que naquela casa começou a haver juízo e aprenderam a não desprezar o que de bom existe.



Com o lema "quem vê, quer ver" a RTP2 lança-se num novo posicionamento e assume claramente que pretende captar um público fixo. Um público "RTP2".

Apesar de "perdida" a 2: manteve-se viva numa altura em que se temia o seu encerramento ou a sua venda. Ligado a este êxito aparece o director do canal, Jorge Wemans. O nome poderá ser estranho para alguns, mas para outros será sem dúvida muiiiito conhecido.

Parabéns professor!!!

sábado, março 17, 2007

Black Velvet - Alannah Myles

Ouço diariamente tanta música, que hoje apetece-me dar também música aos outros :D






Para além do vídeoclip, fica a letra:



Black Velvet - Alannah Myles

Mississippi in the middle of a dry spell
Jimmy Rogers on the victrola up high
Mama's dancing with baby on her shoulder
The Sun is setting like molasses in the sky.
The boy could sing, knew how to move, everything.
Always wanting more, he'd leave you longing for.

CHORUS:

Black velvet and that little boy smile
Black velvet with that slow southern style
A new religion that'll bring you to your knees
Black velvet if you please.

Up in Memphis the music's like a heat wave
White lightning, bound to drive you wild.
Mama's baby's in the heart of every school girl
"Love me tender" leaves 'em cryin' in the aisle
The way he moved, it was a sin, so sweet and true.

Always wanting more, he'd leave you longing for.

CHORUS:

Black velvet and that little boy smile
Black velvet with that slow southern style
A new religion that'll bring you to your knees
Black velvet if you please.

Every word of every song that he sang was for you.
In a flash he was gone, it happened so soon,

What could you do?
CHORUS:

Black velvet and that little boy smile
Black velvet with that slow southern style
A new religion that'll bring you to your knees
Black velvet if you please.
Black velvet and that little boy smile
Black velvet with that slow southern style
A new religion that'll bring you to your knees
Black velvet if you please.

...If you please
If you please

quinta-feira, março 15, 2007

Uma pérola da ex-NTV

E finalmente a ética

Na faculdade sempre me ensinaram que nos trabalhos deve vir sempre uma bibliografia onde devem constar todos os documentos, textos e livros utilizados.

Esta regra é muitas vezes esquecida no jornalismo. Já aqui tinha criticado a postura do Sportugal em relação a isso. Muitos dos seus textos eram assinados pelos seus jornalistas ou simplesmente “redacção sportugal” quando efectivamente eram cópias “ipsis verbis” de takes da Agência Lusa.

Hoje quando dava uma olhada pelo site vi (FINALMENTE) que começaram a colocar a menção Lusa no final do texto.

Não se deve ter vergonha de citar outros órgãos de comunicação social, mesmo quando estes são nossos concorrentes directos (o que neste caso específico não se aplica), porque só vem provar ao leitor que o jornalista ou o órgão de comunicação não é vedado e que está atento a tudo o que se passa à sua volta.

Se anteriormente os tinha criticado por isso, hoje dou os parabéns ao Sportugal por mudar a sua postura.

O Artº 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos…

…diz: “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão”.

Pelo que se pode ver aqui, o MAI, na pessoa do seu ministro António Costa, está muito preocupado com alguns cronistas da nossa praça. Sinceramente, pelos anos que leva de política, acho que ele já devia estar vacinado contra a manada de pregadores que por aí andam. Está a mostrar fragilidade e a “acusar o toque”. Será uma primeira prova de fraqueza de um (des)governo acéfalo que apenas sabe aumentar impostos, reduzir a qualidade de vida dos portugueses e diminuir a possibilidade dos cidadãos acederem a um serviço de urgência no tempo máximo de 15 minutos?! Talvez...

Se este é o exemplo a seguir, gostaria de ver um “blogue de resposta” do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde! Só não acontece porque:
- Teixeira dos Santos, efectivamente trabalha;
- Correia de Campos escreve tão bem como fala.

Se António Costa pensasse antes de agir como uma criança a quem roubaram um rebuçado de certeza que não ia por este caminho. Mas é o ministro que temos. Talvez à semelhança dos restantes membros do governo... por aqui me fico ou a entidade reguladora ainda me corta o pio ;)

terça-feira, março 13, 2007

“Pai” da menina de Penafiel

Hoje, passava os olhos pelo sempre emocionante “Jornal da Nacional”, na TVI, quando vi uma jornalista a entrevistar o companheiro da mulher que raptou aquela menina no hospital Padre Américo, em Penafiel. Alegadamente este indivíduo acreditou que a sua companheira esteve grávida e só desconfiou de algo quando quis passar parte da empresa para o nome da “sua filha” e a mãe não tinha qualquer documento da menina, acabando por denuncia-la.

Não sou propriamente um admirador da linha editorial da TVI. Esta é o que é e só vê quem quer. No entanto o que ficou patente nesta peça é a “falta de olho” da jornalista que questionou o (até ontem) pai da menina.

Há alturas em que o jornalista tem de ser inconveniente e entalar o entrevistado. E este era o caso indicado. Então o senhor foi pai pela primeira vez e nunca foi ver a companheira ao hospital? Será que ele não achou estranho quando chegou à noite e tinha uma filha, assim, sem mais nem menos?! Sem tempo de convalescença da companheira?

Admitindo que é verdade, que trabalha a 40 ou 50 km de casa. Qual é o homem que vai ser pai (e neste caso pela primeira vez) que não deixa tudo para ir ver o seu filho e se possivel assistir ao nascimento?

O senhor em causa tem mais de 40 anos. Não acredito que ele seja assim tão anjinho. Algo ficou por contar. Muita coisa ficou por explicar. Fiquei com a clara ideia que ele sabia muito mais do que estava a falar e, talvez com medo da justiça, está a tentar passar incólume por toda esta “novela”. A TVI perdeu uma excelente oportunidade para SABER TODA A VERDADE (como tantas vezes apregoam durante no Jornal Nacional). É pena. É nestas coisas que se mede o pulso dos jornalistas que compõem a estação.

quinta-feira, março 08, 2007

Jornalismo e o futebol, um jogo de vontades!

Hoje estava a procura de informações nos vários blogues do Belenenses e encontrei isto:

"Temos de dar os PARABENS ao presidente Cabral Ferreira pois foi ele o grande culpado de hoje existir uma radio [rádio Sesimbra] que dá mais tempo ao Belenenses em 15 dias do que toda a comunicação social desde Agosto, estamos no bom caminho Obrigado Cabral". Ass: Rosário.

Não sei, porque infelizmente não ouço a rádio Sesimbra. Mas como passo todos os dias no Estádio do Restelo posso garantir que nunca vi um único jornalista desta rádio. Das duas uma, ou têm informação privilegiada ou as notícias que dão estão baseadas nos jornais e noutras rádios, o que faz com que esta ouvinte não esteja à par da realidade do seu clube.

Sem querer carpir mágoas, ou lavar roupa suja, posso adiantar que os 4 jornalistas que passam lá grande parte dos seus dias estão sujeitos a determinadas vontades e "mentiras". E escrevo "mentiras" com aspas porque no Belenenses podem não ter a intenção de faltar à verdade, mas o que é certo é que não dão as informações mais correctas e depois anda-se no jogo do "gato e do rato".

O exemplo clássico é o dos treinos. Os jornalistas são informados que os treinos são no Estádio do Restelo e quando chegam lá verificam que afinal os jogadores estão a treinar em Monsanto ou em Almada.

Antes dos adeptos emitirem determinadas opiniões deveiriam inteirar-se das "mentiras" que o Belenenses diz à imprensa. Eu sou apoligista de algo mais dramático. Era necessário que os jornais tivessem essa coragem. Em espanha, há uns anos, o Real Madrid também começou a jogar ao gato e ao rato. Um jornal desportivo deixou duas paginas em branco com o seguinte texto escrito: Estas duas páginas eram do Real Madrid.

Com isto o clube madrileno aprendeu a lição e começou a respeitar a imprensa.

O clubes deveria ter a capacidade de reconhecer que precisam dos jornais para viver. São os jornais e os jornalistas, sempre à procura de histórias e estórias, que vão valorizando os activos. Já que estamos a falar do Belenenses, gostaria de saber o que seria de bons jogadores, como o Ruben Amorim ou o Rodrigo Alvim, se não lhes fosse dada visibilidade de certeza os clubes interessados por estes dois atletas seriam muito menos e o valor dos seus passes muito inferiores.

Já sabemos que se vive num jogo de vontades, mas por favor o tipo de comportamento adoptado apenas vem boicotar o trabalho dos jornalistas. Felizmente, no nosso caso (os jornalistas que fazem a cobertura do Belenenses) não nos movemos por interesses e vamos escrevendo o que se pode, mesmo com as trancas que vão existindo.

Outra piada são os treinos à porta fechada. Para quê?! No restelo não há assim tantos adeptos a assistir aos aprontos. Querem esconder o "jogo" dos jornalistas? Gostaria que me dissessem quantas notícias são escritas sobre o Belenenses que revelem o que se passa no treino?!

Que ridículo...