Big Brother, escola de crime?

Depois do país ter assistido, estupefacto, a um episódio de violência doméstica/agressão entre o “bem falante” Marco e a desbocada Sónia, em 2006 foi a vez de Mário (lourinho com cara de puto e que tinha um Ferrari) ser apanhado nas malhas da polícia.

Hoje, numa bem sucedida operação policial, foi "agrafado" mais um concorrente. Desta feita, do Big Brother II. Um tal de Bruno Timóteo, que é(era) pasteleiro.

Perante estes factos, ascende-me duas perguntinhas. Será que o que víamos na TVI era mesmo o que se passava? Ou projectavam-nos imagens quando os concorrentes estavam a ter aulas avançadas para a prática de crimes?

A julgar pelo assassinato da língua portuguesa que esse canal pratica diariamente, a resposta está à vista.

Futebolices e parvoíces

Tenho lido por aí, na “comunidade” bloguística nacional, que os jornalistas são os culpados por este ou aquele nome de jogador de futebol aparecer conotado como reforço de um “grande” (clube de futebol).

Sinceramente, apetece-me rir. Por vários motivos:
- O primeiro – Um jornalista não “compra” nem “vende” jogadores. Não ganha nada com isso. Nem uma percentagem pequenina na transferência. Nada. Nikles. Niente.
- O segundo – Muitas vezes essa informação parte do seio do próprio clube “vendedor”. Eu “caí” nessa esparela há uns tempos atrás com o Nivaldo (Belenenses), que supostamente ia para o FC Porto e afinal foi para o Saint-Etienne. Pelo menos aprendi a NUNCA MAIS escrever sobre intenções.
- O terceiro – O jogador ou o empresário NUNCA confirma se está a negociar a transferência. Quando a “notícia” chega de mão beijada à secretária ou ao telemóvel do jornalista, por parte um empresário, há que desconfiar sempre. 95 por cento das vezes essa informação é falsa.
- Poderia enunciar mais uns quantos motivos, mas fico-me por aqui.

Reconheço que a maioria das manchetes da imprensa desportiva são pura treta. Mas um jornal é como um qualquer outro produto. A nível comercial, uma primeira página com o Benfica/Sporting/FC Porto vende mais do que com o Braga ou o Belenenses. Até a imprensa generalista está, de quando em vez, a colocar o futebol como manchete.

Onde estão os avançados que prometem golos?!

Longe vão os tempos em que os avançados contratados no defeso prometiam inúmeros golos. Hoje chegam às punhadas (basta ver os casos do Benfica, Sporting e Belenenses) e não há um único que prometa introduzir o esférico na baliza. Todos dizem a mesma coisa: “prometo muito trabalho, muito empenho”… e o diabo a sete.

Todos menos um. O João Paulo Oliveira, recente reforço do Belenenses, afirmou que queria marcar 10 golos na pré-época e ser o melhor marcador da Liga. A julgar pelo que tenho visto nos treinos dos “azuis” nem a titularidade deve conseguir alcançar, quanto mais ter a oportunidade para fazer o gosto ao pé. Enfim…

Em Dezembro de 2006 fui fazer a cobertura jornalística da apresentação do brasileiro Derlei no Benfica (hoje jogador do Sporting). Nessa altura o atacante (também) não prometeu golos. E cumpriu. Marcou uma única vez, precisamente na última jornada frente à Académica de Coimbra, e porque a bola lhe bateu no pé quando ele estava deitado na pequena área.

Ora isto dá que pensar. E se de o Brugesso (Bergessio), o Vikcevic ou o Roncatto não passarem de um autentico fogo de vista? O nosso campeonato vai ter novamente o melhor marcador com 13 ou 14 golos? Onde estão as mais de três dezenas de tentos apontados pelo Jardel?

E ainda querem fazer querer que a Liga portuguesa está mais competitiva e nivelada… só se for por baixo.


Só mais uma coisita: Força CD Fátima!