segunda-feira, abril 09, 2007

O mau exemplo da Imprensa (local)

Hoje quando passava os olhos por sites e blogues da imprensa local deparei-me com isto. Tenho pena que um dos jornais da minha terra siga este caminho.

Há tempos uma jovem residente no concelho desapareceu da casa dos pais. Sabem qual foi o trabalho feito por este "jornal"? Reduziu o assunto a duas linhas na coluna "Casos de Polícia".

Desaparece uma pessoa e é duas linhas nos "Casos de Polícia". Abre uma instituição bancária e é um artigo de 2.500 caracteres. Parabéns "Notícias de Ourém", excelente política. Se eu fosse de intrigas até era capaz de perguntar quanto é que receberam para escrever este texto (que publicita produtos e serviços do banco em causa)? Mas como não o sou fica apenas esta chamada de atenção.

Em Ourém há tanto por escrever. No âmbito desportivo:
- o facto do Fátima estar a um passo da Liga de Honra é de aproveitar;
- o facto do hóquei do Juventude Ouriense estar na primeira divisão é de explorar. E não basta fazer a crónica dos encontros, é necessário falar com os atletas, direcções, sócios e adeptos;
- Trabalhos sobre as equipas de futebol que existem no concelho;
- Trabalhos sobre o atletismo (sim "isso" também existe no concelho de Ourém);
- Saber a importância da existência das colectividades locais, mesmo aquelas que apenas servem para jogar cartas.

No plano das obras públicas:
- saber porque é que a estrada que liga Ourém a Caxarias está em obras há um ano e não há meio de acabar (questionar a edilidade e todas as entidades e empresas envolvidas na obra), porque isso também ajuda a esclarecer os cidadãos e a dissipar todas as dúvidas inerentes às dificuldades que uma obra desta envergadura;
- Trabalhar em parceria com a CMO (isso não deve ser difícil para vocês) para saber que outras obras estão a ser feitas pela edilidade no concelho e verificar a sua verdadeira vantagem.


Personalidades:
- Procurar oureenses com particularidades (poetas, actores, cantores, etc...);
- Procurar histórias de vida e exemlos sociais.

E mais não digo. Tenho mais que fazer do que dar ideias...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Trabalhos sobre o atletismo (sim "isso" também existe no concelho de Ourém)"
só no último número foi uma página dedicada ao atletismo!
NÃO VIU?!!!!!!

12:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E o resto anónimo? Não fala? Atletismo é só um exemplo.

12:46 da tarde  
Blogger Carlos Pereira said...

Caro Anónimo,

Estou a ver que a crítica já está a incomodar, e o "anonimismo" a voltar.

Infelizmente não li porque o "produto" em causa não me cativa. A maioria das notícias são mera propaganda das instituições ou fichas de jogo. Também são importantes, mas não devem ser 90% do que vem na publicação.

Caso não tenha ainda reparado a imprensa e o jornalismo local é bem mais do que isso.

O post é para ser levado como crítica construtiva e como um meio de defesa da divulgação (para o bem e para o mal) do que temos no burgo (passo a expressão).

Tem de admitir que:
- há um enorme trabalho a fazer na imprensa. Se não querem fazer investimentos ou fazer uma cobertura maior, o problema não é meu. Uma coisa é certa a utilização abusiva de artigos de opinião não é caminho. Só serve para os amigos de quem escreve (e só alguns) darem palmadinhas nas costas.
- A imprensa local é cada vez mais importante. A semelhança de qualquer outro produto, os mercados conquistam-se pelos nichos. A imprensa nacional e generalista não consegue fazer a cobertura de tudo, é impossível. O sucesso está no local.
- O jornalismo local é muito mais vivo e cativante, está ao mesmo tempo muito perto do leitor e da fonte em simultâneo. As reações e o feedback são quase que momentâneos. Isso é uma mais valia que raramente se têm nos órgãos nacionais.
- Se se sentiu lesado(a) pelo que escrevi sobre o atletismo é (das duas uma) ou o autor(a) do texto - e se o fez, parabéns - ou funcionário da publicação em causa. Mas um artigo escrito uma vez por ano não é sufuciente, é necessário mais... muiiiito mais.

9:56 da tarde  
Blogger Fadista said...

Alguém me pode ajudar numa coisa, por favor? O primeiro moço -da esquerda para a direita-, quem é?
É que acho que o vi por aí numas eleições quisquer com uma bandeirola na mão.
Agradecido.

3:04 da tarde  

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