Futebolices e parvoíces

Tenho lido por aí, na “comunidade” bloguística nacional, que os jornalistas são os culpados por este ou aquele nome de jogador de futebol aparecer conotado como reforço de um “grande” (clube de futebol).

Sinceramente, apetece-me rir. Por vários motivos:
- O primeiro – Um jornalista não “compra” nem “vende” jogadores. Não ganha nada com isso. Nem uma percentagem pequenina na transferência. Nada. Nikles. Niente.
- O segundo – Muitas vezes essa informação parte do seio do próprio clube “vendedor”. Eu “caí” nessa esparela há uns tempos atrás com o Nivaldo (Belenenses), que supostamente ia para o FC Porto e afinal foi para o Saint-Etienne. Pelo menos aprendi a NUNCA MAIS escrever sobre intenções.
- O terceiro – O jogador ou o empresário NUNCA confirma se está a negociar a transferência. Quando a “notícia” chega de mão beijada à secretária ou ao telemóvel do jornalista, por parte um empresário, há que desconfiar sempre. 95 por cento das vezes essa informação é falsa.
- Poderia enunciar mais uns quantos motivos, mas fico-me por aqui.

Reconheço que a maioria das manchetes da imprensa desportiva são pura treta. Mas um jornal é como um qualquer outro produto. A nível comercial, uma primeira página com o Benfica/Sporting/FC Porto vende mais do que com o Braga ou o Belenenses. Até a imprensa generalista está, de quando em vez, a colocar o futebol como manchete.